EM CLIMA DE COPA DO MUNDO

Após pegar desconhecida Coreia, Brasil cruza com inimigo íntimo

Jogadores mostram conhecimento ao comentar características dos atletas da Costa do Marfim, adversário do próximo domingo, no Soccer City

Por Leandro Canônico, Márcio Iannacca e Thiago Lavinas Direto de Joanesburgo, África do Sul

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Julio Cesar encarou Drogba pelo Inter de Mião, na
Liga dos Campeões (Foto:Fernando Maia/O Globo)

Diferentemente do confronto contra a Coreia do Norte, na última terça-feira, quando não conheciam grande parte dos atletas adversários, os jogadores da seleção brasileira vão chegar à partida diante da Costa do Marfim, no próximo domingo, às 15h30m (horário de Brasília), no Soccer City, em Joanesburgo, com um outro panorama do rival. Tudo porque a maioria deles já teve os marfinenses como companheiros ou como rivais nos campeonatos espalhados pela Europa.

Robinho, por exemplo, já atuou ao lado do zagueiro Kolo Touré no Manchester City, da Inglaterra, antes de se retornar ao Santos por empréstimo. Elano é companheiro de Keita no Galatasaray, da Turquia. Daniel Alves vive a mesma situação do camisa 7 da seleção brasileira. Ele também tem a companhia de um marfinense no Barcelona: Yaya Touré.

O goleiro Julio Cesar não tem um companheiro no Inter de Milão que tenha nascido na Costa do Marfim. Mas não faltam experiências ao camisa 1 da seleção brasileira. Nas oitavas de final da Liga dos Campeões, o goleiro enfrentou os marfinenses Drogba e Kalou, ambos do Chelsea. Nos dois confrontos, o brasileiro se deu melhor e venceu (2 a 1 e 1 a 0).

- Joguei contra o Drogba na Liga dos Campeões, e ele não jogou bem porque o Lúcio fez uma partida maravilhosa. Anulou o Drogba. Lembro que, nas duas partidas, ele teve pouquíssimas chances de marcar gols. No segundo jogo, o Drogba ainda foi expulso. Mas precisamos tomar cuidado, porque ele também tem qualidade na bola parada. Bate de forma diferenciada na bola e isso dificulta para o goleiro - analisou Julio Cesar.

Daniel Alves e o marfinense Yaya Touré comemoram no Barcelona com Puyol e Henry (Foto: AP)

Julio Baptista admitiu que a seleção terá mais facilidade para enfrentar a Costa do Marfim do que a Coreia do Norte. Segundo o apoiador, o fato de já ter atuado com alguns jogadores marfinenses pode dar vantagem à seleção brasileira.

Quase todos atuam na Europa, sabem jogar. Conhecemos a maioria por já termos atuado ao lado ou contra. Conhecemos os pontos fortes e vamos estudar
para tentar anulá-los"

Julio Baptista

- Conheço a maioria dos jogadores. Tem o Kolo Touré, com quem joguei no Arsenal, o Drogba, que enfrentei algumas vezes, todos de grande qualidade. Mas o mais importante é sempre o coletivo. Eles têm uma seleção forte, e conseguimos perceber isso no primeiro jogo deles contra Portugal. Para ganharmos, vamos ter sempre que fazer o nosso jogo, não deixando a Costa do Marfim jogar - afirmou o jogador brasileiro.

Assim como Julio Baptista, o lateral-esquerdo Michel Bastos também já atuou com um jogador que vai encarar no próximo domingo. O jogador brasileiro, atualmente no Lyon, foi companheiro do atacante Gervinho, no Lille, da França, na temporada 2008/2009.

- Quase todos atuam na Europa, sabem jogar. Não tem segredo nenhum. Conhecemos a maioria dos jogadores deles por já termos atuado ao lado ou contra. Conhecemos os pontos fortes e vamos estudar para tentar anulá-los - afirmou Baptista.

A seleção brasileira lidera o Grupo G da Copa do Mundo, com três pontos. Ao lado de Portugal, a Costa do Marfim ocupa a segunda colocação, com apenas um. A Coreia do Norte está em último lugar, com zero.